top of page
Buscar

A BELEZA NA MAÇONARIA

  • Foto do escritor: Irmão Marcelo Artilheiro
    Irmão Marcelo Artilheiro
  • 8 de fev. de 2020
  • 2 min de leitura


A sabedoria projeta (cria), a força executa (sustenta) e a beleza adorna, tal frase é parte integrante de diversos rituais maçônicos e sintetizam as colunas ou os fundamentos sob os quais se sustenta a grande obra.


Enquanto os outros dois fundamentos podem de alguma forma serem medidos ou aferidos em razão de sua própria natureza ou por critérios científicos, o conceito de beleza assume diversas faces segundo o período histórico, a evolução e características culturais e regionais.


De início é importante definir que, a beleza maçônica não esta relacionada apenas a estética, mas sim aos ideais e aos valores, em outras palavras, a beleza maçônica esta intimamente relacionada ao caráter, ao que é justo, ético e bom.


A obra (o nós em construção ou a construção difusa e coletiva (transindividual, metaindividuai e etc.) da qual participam todos os irmãos) será proporcionalmente mais bela quanto moralmente evoluída. Esta proporção decorre da ideia de que beleza é uma função do caráter (da alma) é a parte invisível da beleza, todavia quantificável e aferível da obra.


A Beleza é a parte estética da matemática, o belo maçônico é algo proporcional, simétrico, bom e ético. Assim a beleza maçônica não fica restrita a proporção e a simetria, mas é intimamente ligada aos conceitos de utilidade, integridade, objetividade, adequação e razoabilidade, assim, o belo é harmônico, é justa proporção de todas as virtudes. A beleza maçônica não está relacionada ao ver, mas ao sentir, por meio dela é possível sentir o estado evoluído da alma e da moral. A beleza maçônica não pode ser vista apenas sob uma perspectiva objetivo-racional, daí importância da Educação Estética para o Maçom.


Equivocam-se, data vênia, aqueles irmãos que negam a objetividade do belo a partir do frágil e insuficiente fundamento de que o juízo sobre o belo se funda sobre a subjetividade do sentimento ("a beleza esta nos olhos de quem vê"), geralmente relacionado prazer estético; tal condição determinaria a significação da beleza maçônica a um mero achismo subjetivo, o que geraria inevitavelmente o entendimento de que a beleza maçônica é tudo, menos bela (imprecisão, o que é incompatível com a maçonaria). A beleza maçônica é dedutível, possui qualidades objetivas, é auto-significativa e é capaz de indicar e refletir o bem, o que é bom e verdadeiro, isto porque a beleza maçônica não esta relacionada estética (aparência) mas ao conteúdo (essência).


Para os que aprenderam a ver e a enxergar (o que é diferente de apenas usar os olhos, e não se pode usar os olhos para contemplar a beleza maçônica), o belo é algo (pode ter uma forma física ou não) que não exige nenhuma explicação ou também que se explica sem conceitos.


Termino citando trecho do Ritual de Aprendiz, oração para fechamento da Loja, utilizado no Rito Schröder, verbis: "Desperta o nosso sentimento para a beleza moral, para que a nossa vida seja igual a uma nobre obra de arte".


OBS: Texto sem revisão.

C.A.M. e T∴F∴A∴

Ir.´. Marcelo Artilheiro

Joinville (SC), 08 fevereiro de 2020





 
 
 

Komentar


Post: Blog2_Post
  • Facebook
  • Twitter
  • LinkedIn

©2019 por Irmão Marcelo Artilheiro. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page