Eleições Gobiana de 2025: “bode” não gosta de “curral eleitoral”
- Irmão Marcelo Artilheiro
- 8 de abr.
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No próximo mês (maio) se realizará nas Lojas Federadas ao Grande Oriente do Brasil - GOB, eleições ordinárias para a Administração das Lojas, Oradores e/ou Membro do Ministério Público.
O voto(eleição) é um dos maiores indicativos do estágio democrático experimentado e da evolução de uma Loja. O voto, como instrumento de manifestação da vontade de cada irmão, há de ser genuinamente livre e fruto de suas convicções e expectativas para o futuro de sua Loja. O presente e o futuro a gente se constrói agora, e a cada eleição se refaz uma Loja.
A figura central da eleição é o eleitor, e não os candidatos. O eleitor, sim, é insubstituível no ato de votar. Este sim é o arquiteto de sua Loja, e o amanhã se planta hoje.
O direito ao voto torna-se um dever em razão da grandiosidade do bem jurídico tutelado, a Federação indissolúvel, Art. 3º. da Constituição do GOB e a própria Loja, assim, cada eleitor deve escolher se quer ser agradecido ou perdoado pelos que vem depois.
É preciso avançar culturalmente, deixar de lado velhos hábitos não maçônicos, de abandonar as “indicações”, deixar de lado as sequências de cargos inventadas, os “orientações” de mestres instalados e fechar os ouvidos para aqueles que se acham donos da “donos de Loja”, na Maçonaria não há “voto de cabresto”, “voto de avental”, “voto de colar”, “voto de padrinho” e etc. Em outras palavras, “bode” não gosta de “curral eleitoral”.
A Justiça Eleitoral Maçônica em razão de sua competência fixada na legislação não se limita apenas a viabilizar as eleições, a verificar a contagem dos votos e a homologar o pleito. Ela se mantém atenta para, a partir do direito posto, velar pela correção do procedimento eleitoral, pois, na Democracia, não obstante tratar-se do “governo da maioria”, o regime democrático não se concretiza tão somente com base na “vontade da maioria”, afinal as “maiorias” degeneram e se corrompem. É dizer: a maioria “pode muito, mas não pode tudo”. Ela encontra limites na legislação e nos princípios que norteiam a Ordem, ou seja, a democracia precisa ser protegida de si mesma ou de “alguns”, logo, pode-se concluir que não existe democracia (eleições), inclusive maçônica, quando não se respeita as “regras do jogo” (Bobbio1), se suprime ou se despreza a minoria ou a dissidência. Por “regras do jogo” deve-se entender a observância dos procedimentos formalmente estabelecidos na legislação maçônica e os princípios balizadores da Ordem que permitem legitimar a decisão da maioria (eleição).
Enfim, não há mágica na permanente construção e crescimento de uma Loja e de seus membros. Nas eleições maçônicas tudo é pensado de forma a garantir o mais amplo e irrestrito exercício dos ideais democráticos. Cabe a cada eleitor maçom consciente do relevante papel que possui na construção de uma Loja justa e perfeita e consequentemente, de um GOB mais forte e soberano “comparecer às urnas” de forma livre e consciente, pois embora senhor de um único voto é o grande construtor desta obra chamada Maçonaria.
“C.A.M.”. “T∴F∴A∴”.
OBS.: Texto sem revisão.
Joinville (SC), 08 de abril de 2025.
Ir.´. Marcelo Artilheiro
1BOBBIO, N. O futuro da democracia.Trad. Marco Aurélio Nogueira. – 13ª Edição. São Paulo: Paz e Terra, 2015.

Perfeita colocação, o Maçom acima de seu notável saber, não precisa de interferência em qualquer eleição, devido sua consciência de saber distinguir a capacidade de seus escolhidos, sem qualquer tipo de interferência, ou cabos eleitorais, que por si só, não deveriam existir, somente deturpam, e interferem no bom andamento das eleições.