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“Amarás o teu próximo como a ti mesmo” e o autoconhecimento, a “mentira” que contamos a nós mesmos

  • Foto do escritor: Irmão Marcelo Artilheiro
    Irmão Marcelo Artilheiro
  • 3 de fev. de 2024
  • 3 min de leitura

Atualizado: 7 de abr. de 2024


O presente texto é uma singela, informal e despretensiosa “reflexão” sobre a frase atribuída a Jesus Cristo e elencada como “segundo grande mandamento”, o autoconhecimento e o comportamento maçônico. Em regra, interpreta-se a frase no sentido que devemos fazer pelos outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós, seria a expressão mais completa do amor (ou caridade para alguns), tal ato resumiria todos os deveres do homem para com o próximo. Mas, como sempre, levando em consideração os ensinamentos da Maçonaria, permitam-me uma hermenêutica diferente, uma nova exegese ou mutatis mutandis, mudá-la para: amarás a ti mesmo como amas ao teu próximo.

 

Nesse sentido, faz-se necessário algumas indagações iniciais:

a)     O homem que não ama a si mesmo poderia amar ao seu próximo?

b)     O tido mandamento divino é reciprocamente obrigatório? Ou seja, se você ama ao seu próximo, necessariamente, você é obrigado amar a si mesmo?

c)      Se você ajuda ao seu próximo é obrigado a ajudar a você mesmo?

 

Talvez, no tido “mundo profano” a reflexão sobre o tema seja desnecessária, mas penso que na Maçonaria a reflexão sobre tal tema e outros correlatos se mostra indispensável.

 

Nós maçons desempenhamos um papel fundamental na sociedade, obviamente, sem ignorar ou menosprezar tal função, penso que no mínimo, devíamos proporcionalmente, exerce o mesmo papel e trabalho em nós mesmos.  Permitam-me dizer que muitos escolhem apenas “trabalhar na e para a sociedade” (talvez por ser mais fácil srsrsrs), deixando em segundo plano o trabalhar em si e para si mesmo. Muitos preocupam-se em fazer “caridade”, fazer “benevolência”, “ajudar ao próximo” e etc., muitas Lojas têm se dedicado prioritariamente em trabalhar no que podemos chamar de “coisas materiais” ou “socialmente", abdicando ou pouco fazendo sobre questões filosóficas, morais, éticas, “não físicas” e etc. (esta questão fica para outra reflexão).

 

Sei que em razão do que abaixo escreverei ou mesmo pelo que já escrevi acima, que serei inevitavelmente mal compreendido (ou bem compreendido srsrsr) e criticado (ainda que mentalmente srsrsr), todavia, penso (acho que penso srsrsr) o que atualmente é uma atitude revolucionária, quiçá, para alguns irmãos subversiva ou até mesmo “antimaçônica” ser necessário continuar, isso porque priorizam o que chamam de “harmonia”.

 

A questão é se um maçom que não cuida de si mesmo (não ama a si mesmo), não cuida de sua saúde física, metal e “espiritual” poderia CONSCIENTEMENTE, MORALMENTE, ETICAMENTE E MAÇONICAMENTE dizer que ama ao seu próximo e TAMBÉM a si mesmo. Aqui, mas umas perguntas inconvenientes:

a)     Por que este irmão que “gosta de ajudar”, de “fazer bem ao próximo” e etc., não faz o bem a si mesmo?

b)     É mais “difícil” ajudar a si mesmo que ao próximo?

 

Talvez seja deste amor próprio, consciente e crítico que o apóstolo Paulo tenha também falado em sua epístola aos Coríntios 13:3: “Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, mas não tiver amor, nada disso me valerá”.

 

Para não ser longo ou não chatear demasiadamente aos irmãos que leram até aqui, aos quais PARANENIZO E AGRADEÇO, relembro uma pergunta que é feita aos irmãos em Loja (conforme Rito), mas aplicável a todos:

 

Que vindes aqui fazer?

 

Ao que o irmão responde:

 

Vencer as minhas paixões (leia-se: todas elas, não só as que me interessa), submeter a minha vontade (leia-se: todas elas, inclusive aquela de só querer amar ao próximo) e fazer novos progressos na Maçonaria…”. (grifei).

 

 

E quase já terminando, vou “parafrasear” os autores da música a “Disparada”, brilhantemente cantada por Jair Rodrigues:

 

Se você não concordar

Não posso me desculpar

Não escrevo pra enganar

Vou pegar minha pena (agora teclado, srrsrsr)

Vou deixar você de lado

Vou escrever e pensar noutro lugar (grifado e alterado).

 

Que tenhamos então a coragem e consciência de amarmo-nos a nós mesmos.

Por fim, por gentileza, não concordem comigo.

 

 

OBS.: Texto sem revisão.

 

C.A.M. e T∴F∴A∴

 

Joinville (SC), 03 fevereiro de 2024

 

 

Ir.´. Marcelo Artilheiro

 

 



 
 
 

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