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COSTUMES DOS RITOS X COSTUMES MAÇÔNICOS

  • Foto do escritor: Irmão Marcelo Artilheiro
    Irmão Marcelo Artilheiro
  • 29 de mar. de 2023
  • 3 min de leitura

Atualizado: 3 de abr. de 2023

Inicialmente, impõe-se considerar que costume é o comportamento na sua maior banalidade, sem esforço, algo que se faz naturalmente e habitualmente, por meio da repetição de atos ou por tradição, relacionado a um país, região, momento, cultura, condições geográficas, climáticas e etc. É como o chimarrão no Sul, dormir em rede no Nordeste e o “uai” nas Minas Gerais e por aí vai por este “Brasil de meu Deus”, que neste momento me fez lembrar de João Martins de Athayde, que por meio do cordel (outro costume nordestino), descreveu “As proezas de João Grilo: “João Grilo foi um cristão que nasceu antes do dia, criou-se sem formosura mas tinha sabedoria e morreu depois da hora pelas artes que fazia.” Não obstante nem todos termos os mesmos costumes, somos todos brasileiros. Assim é na Maçonaria e nos Ritos: gravatas, cores, aventais, cargos, rituais, trajes e etc., diferentes entre si. É preciso compreender que o “costume” de um determinado Rito não é necessariamente um costume maçônico, mas apenas daquele Rito em razão de sua origem, contexto histórico e etc., em outras palavras, pode eventualmente, não ter nada de origem maçônica propriamente dita.

Infelizmente, para alguns irmãos, alguns “costumes ritualísticos” viraram um tipo de transtorno de comportamento repetitivo maçônico, um tipo de “TOC MAÇONICO”, eles têm medo de serem “contaminados” por outros ritos, que se altere a “essência do Rito” e etc., eles não tolerariam jamais, um MINEIRO deitado numa REDE, tomando CHIMARRÃO e recitando um CORDEL, para eles, mutatis mutandis, este mineiro não seria um brasileiro, mas um alienígena. Não estou com isso advogando uma miscelânea ritualística, mas apenas a tolerância e a compreensão de que algumas questões ritualísticas devem ser compreendias apenas como questões antropológicas: históricas, culturais, geográficas e não essencialmente maçônicas, de forma que devem ser sobrepesadas como tais e não como cromossomos do DNA maçônico, cuja manipulação, alteração ou supressão geraria uma quimera maçônica.

É necessário compreender que o estudo dos costumes (ritualísticos ou maçônicos) só será verdadeiramente possível e proveitoso se adotarmos alguns princípios, dentre eles destaca-se o da imparcialidade ou da ausência de tratamento preferencial, como alguns irmãos infelizmente, tendem a conferir ao Rito que pratica, esquecem que a neutralidade é pressuposto básico de qualquer estudo científico (racional). A discussão acerca dos costumes ritualísticos e costumes maçônicos exige como pré-requisito que a mesma se baseie na apreciação e valoração de todos os costumes possíveis e não apenas dos “nossos”. O que une os maçons independentemente dos Ritos, Potências e costumes é a CULTURA maçônica, ou seja, os ideais e valores que têm em comum, não os Ritos, Rituais e “costumes”.

A diversidade de Ritos e de Costumes impõe que distingamos claramente questões ritualísticas (trajes, procedimentos, rituais e etc.) da cultura maçônica propriamente dita, sob pena de generalizarmos uma questão ritualística relacionada a um único Rito. É necessária a compreensão que todo o Rito e Ritual são um conjunto de princípios e procedimentos vinculados a história e seus contextos, ou seja, cada costume, comportamento, objeto ou valor ritualístico só poderá ser explicado se relacionado ao seu contexto cultural, geográfico, político e etc., sob pena de muito poucos progredirmos com relação as pretensões iluministas (não maçônicas) Igualdade, Liberdade e Fraternidade.

A representatividade da “morte de Deus” em Nietzsche pode ser interpretada como o abandono e a despedida dos “costumes” e “verdades” supremas, fazendo surgir a necessidade da hermeneutização dos Ritos, rituais e seus costumes visando a integração das Potências, Lojas, Ritos, suas práticas, costumes e particularidades.

Por gentileza, NÃO CONCORDEM COMIGO.


OBS.: Texto sem revisão.

C.A.M. e T∴F∴A∴
Ir.´. Marcelo Artilheiro
Joinville (SC), 29 março de 2023





 
 
 

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