O Darwinismo Maçônico
- Irmão Marcelo Artilheiro
- 13 de jul. de 2020
- 3 min de leitura
O Darwinismo Maçônico pode ser entendido como o conjunto de ideias e ações não maçônicas, tendentes a manter no "poder" ou ter como "evoluídos" aqueles que se sobressaíssem social, econômica e popularmente na Ordem, e ainda aqueles que "pensam" como a maioria. Por sua vez "menos aptos", "menos legais", "menos populares", os que pensam diferentes devem deixar de existir ou serem dominados pelos "evoluídos".
A teoria da seleção natural capitaneada por Charles Darwin teria ocorrido através de um processo de luta pela existência, em outras palavras, de acordo com tal teoria os organismos competiriam pelos "recursos" disponíveis e que os "vencedores" seriam aqueles que tivessem êxito nessa competição biológica, todavia, a luta pela sobrevivência teria ocorrido na natureza selvagem, desumana e irracional, o que não legitima ética, moral e maçonicamente a sua existência e admissão no contexto maçônico.
O Darwinismo Maçônico é incompatível com o princípio da fraternidade que deve pautar não apenas as ações dos maçons, mais também seus pensamentos.
A indiferença maçônica frente ao Darwinismo Maçônico é cruel e injusta, constrói ou mantém uma barreira invisível, mas perfeitamente notável, cruel e pouco ética, entre os "eles" e "nós", enquanto devíamos ser apenas um todo coletivo, indivisível e fraterno, ainda que com pensamentos diferentes. Nós maçons não devemos lutar pela existência, mas pela coexistência, todos devem "sobreviver".
A sobrevivência dos "mais aptos”, "mais maçons", dos "irmãos" (não dos "primos") tolerada e incentivada pelo Darwinismo Maçônico não é “evolução", mas sim canibalismo maçônico, o que contraria os ensinamentos de um dos "Livro da Lei", verbis:
"Mas nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos.
Portanto cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação.
Porque também Cristo não agradou a si mesmo, mas, como está escrito: Sobre mim caíram as injúrias dos que te injuriavam." Romanos 15:1-3.
Há que se compreender e tolerar que é inevitável o processo de desenvolvimento daquilo que se tem por homogêneo em direção ao heterogêneo. O processo de "seleção maçônica", aquele que visa a “evolução universal" não elimina os "fracos", os "divergentes", ao contrário, os acolhe pelo amor e com amor.
Parafraseando São Paulo:
Ainda que eu fosse o "Grão Mestre" e tivesse todos os títulos e medalhas maçônicas, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse empatia, popularidade e conhecesse todos os mistérios e ritos maçônicos, e ainda que tivesse toda a sabedoria, força e beleza de maneira a "construir" o "templo de Salomão", e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, fizesse ações sociais, pregasse a humildade, tivesse dos os graus maçônicos e não e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
Entre um "animal social" (homem comum) e maçom deve sempre existir a diferença de que o maçom possui a consciência relacionada ao todo, notadamente vinculado a fraternidade, enquanto que para o primeiro, em regra, existe apenas o indivíduo (eles e os seus).
Uma das maiores fraquezas do intelecto maçônico é quando um irmão aceita ser considerado melhor, maior ou diferente dos demais irmãos. Os "iluminados" sabem que a consciência é uma "doença" e é horrível o saber.
O Darwinismo Maçônico não é evolução, não é fraternal
Lembremo-nos, somos todos nas palavras de Fernando Pessoa, fisicamente, apenas um "cadáver adiado".
OBS.: Texto sem revisão.
C.A.M. e T∴F∴A∴
Ir.´. Marcelo Artilheiro
Joinville (SC), 13 julho de 2020

O irmão foi muito direto ao assunto.
Realmente o que está acontecendo
Texto interessante, mas no conteúdo o texto se parece muito mais com ideias de Nietzsche, que foram por sinal apropriadas pelo Nazismo, sobre o poder da Potência e a prevalência do mais forte. Darwin foca em adaptação. Um exemplo seria que se Anderson (da constituição) fosse transportado aos dias de hoje não seria aceito como maçom, por não estar adaptado aos tempos modernos, onde ser bastardo não é uma mancha moral. O texto viu o trabalho de Darwin por uma ótica negativa, o que não procede se for lido a magnum opus do século XIX. Um exemplo seria o apoio aos mais fracos, como existe nos humanos e em outros mamíferos (ex elefantes). Isto permite que indivíduos fragilizados sobrevivam e…